Na busca pela automação e orquestração da virtualização de servidores tenho cada vez mais me voltado para questões básicas tais como a preparação de sistemas operacionais para clonagem ou a sincronização de tempo em servidores virtuais. Servidores de banco de dados, por exemplo, são extremamente sensíveis à sincronização de tempo.
O NTP (Network Time Protocol) é universalmente utilizado para prover sincronismo de tempo para servidores e estações. No entanto, uma vez que é necessário tempo para movimentar informações através de uma rede, o protocolo NTP pode ser insuficiente para sincronizar sistemas distribuídos mais complexos (principalmente os que se utilizam de bancos de dados). Esse é o caso de sistemas utilizados pelo Google, por exemplo. Para lidar com essa questão, o Google criou sua própria plataforma global de sincronismo de tempo chamada Spanner (que é baseada em relógios atômicos e sistemas de GPS).
Um artigo muito interessante sobre o Spanner pode ser lido, em inglês, no link a seguir: http://www.wired.com/wiredenterprise/2012/11/google-spanner-time/all/
Para ilustrar a preocupação com o tema básico de sincronismo de tempo, entretanto, gostaria de fazer uma tradução livre de um trecho contido no artigo sobre o Spanner:
“Em redes, o tempo é essencial. Para prover um serviço massivo de web é necessário que as coisas aconteçam rapidamente. Mas é necessário também uma forma de manter a sincronização de tempo entre as máquinas que compoem o serviço. É necessário sincronizar os diversos processos que rodam em cada servidor e sincronizar os servidores entre si de forma que eles possam trabalhar em conjunto. E isso é mais fácil falar do que realizar”.
Um exemplo de que é mais fácil falar do que realizar é uma sutileza de configuração de sincronismo de tempo no mundo VMware que, apesar de básica, pode passar desapercebida a muitos administradores de rede. O link a seguir apresenta uma dica técnica sobre o assunto: